"Quando uma criança não é tratada com amor, mas com medo, ela aprenderá a não se amar, mas a se defender."
A citação da Dra. Françoise Dolto é um lembrete poderoso da escolha fundamental que pais, cuidadores e a sociedade como um todo devem fazer quando se trata de criar a próxima geração. Simplificando: a maneira como as crianças são tratadas influencia significativamente seu desenvolvimento e bem-estar, oferecendo uma escolha binária entre duas abordagens contrastantes: amor e medo.
Envolve estar atento às nossas escolhas na criação de um ambiente no qual uma criança se sinta segura, vista, valorizada e amada, promovendo a comunicação aberta, a confiança e a segurança emocional.
Mesmo conhecendo a relação de "causa e efeito", nós (pais/cuidadores/educadores) estamos tão machucados que ainda acreditamos que devemos punir, ameaçar, culpar e envergonhar nossos filhos para ensinar-lhes habilidades, para obter sua "obediência" e respeito. Em vez de amá-los, respeitar sua natureza e estágio de desenvolvimento, rotulamos, criamos expectativas não realistas e somos incapazes de vê-los onde estão em seu processo de aprendizado e quem são como indivíduos.
Normalizamos o uso dessas "ferramentas disciplinares" a ponto de nem reconhecê-las como abuso: tratar uma criança com medo envolve o uso de intimidação, punição, culpa/vergonha e disciplina rigorosa como ferramentas principais para a parentalidade.
De acordo com estudos extensos, crianças submetidas à criação baseada no medo podem crescer com ansiedade, baixa autoestima e dificuldade em formar relacionamentos saudáveis, levando a um ciclo de comportamentos negativos e tumulto emocional.
Somos a única espécie que não tem consciência do que nosso próprio bebê-espécie precisa para prosperar. Nossa natureza foi tão danificada que ainda acreditamos que sobreviver é o mesmo que prosperar, "fazer" e "ter" é mais importante do que "ser", e que as crianças precisam ser machucadas e ter medo para aprender e mostrar "respeito".
Estamos tão machucados e desregulados que esperamos que crianças e adolescentes sejam mini-adultos; no entanto, não trataríamos um adulto da mesma forma que tratamos as crianças. Um paradoxo, não é mesmo?
Você bateria em sua melhor amiga se ela derramasse leite no seu sofá? Gritaria com seu colega de trabalho se ele cometesse um erro? Tiraria o smartphone do seu parceiro para dar-lhe uma lição?
Quando uma criança é tratada com medo, as consequências podem ser profundamente prejudiciais. Eis um vislumbre dos resultados potenciais:
Ansiedade e Estresse: A criação baseada no medo pode levar ao estresse crônico e ansiedade, pois as crianças constantemente se preocupam com as consequências de suas ações, sem gerar espaço para a motivacao intrínseca.
Baixa Autoestima: O medo pode erodir a autoestima de uma criança, levando à autodúvida e sentimentos de inadequação.
Rebelião e Agressão: Crianças criadas com medo podem se rebelar contra figuras de autoridade ou desenvolver comportamentos agressivos como meio de autodefesa.
Problemas de Confiança: A parentalidade baseada no medo pode criar um sentimento de desconfiança e uma incapacidade de formar relacionamentos próximos e significativos.
Estamos tão machucados que ainda acreditamos que atos de "abuso" são maneiras eficazes de mostrar amor, ensinar uma lição e/ou exigir respeito.
Estamos tão machucados que não somos capazes de enxergar uma maneira diferente de criar filhos que não envolva gritar, ameaçar, exigir e punir.
E se eu puder prometer e mostrar que há uma maneira de se conectar com seus filhos e adolescentes que não inclui punições, recompensas e "obediência"?
E se pudermos acessar nosso instinto inato de seres amorosos e ensinar a partir do coração e não da DOR? Uma forma de trazer de volta nossa humanidade e um entendimento mais profundo sobre nossa própria espécie.
Quando uma criança é tratada com amor, aceitação e respeito, o impacto é abrangente e esmagadoramente positivo:
Bem-Estar Emocional: O amor proporciona uma base emocional estável que permite às crianças explorar seus sentimentos e desenvolver inteligência emocional.
Autoestima: Um ambiente amoroso fortalece a autoestima e autovalorização de uma criança, permitindo que enfrentem desafios com confiança.
Relacionamentos Saudáveis: Crianças criadas com amor tendem a formar relacionamentos mais saudáveis e gratificantes na idade adulta, pois aprenderam a confiar e se comunicar efetivamente.
Empatia e Compaixão: O amor ensina às crianças empatia e compaixão, nutrindo sua capacidade de entender e se conectar com os outros.
A citação "Se uma criança não é tratada com amor, mas com medo" encapsula o impacto profundo das escolhas de parentalidade na vida de uma criança. Amor e medo representam dois caminhos contrastantes.
O poder transformador do amor na criação de filhos não pode ser subestimado, e ao escolher o amor em vez do medo, contribuímos para o aprimoramento da próxima geração e do mundo que eles moldarão.
Vamos abraçar essa sabedoria e criar um ambiente acolhedor onde o amor guie o crescimento e o desenvolvimento de nossos filhos.
Vamos ser aqueles que quebram o ciclo geracional de superioridade e padrões de opressão e poder. Ao fazer isso, podemos viver uma vida mais plena sem sofrer as consequências do trauma, da violência e dos transtornos mentais em nossa sociedade, para que nossos filhos não tenham que se recuperar de sua infância.
Eu sei que, lá no fundo, você se sente perdido. E eu sei como é não saber para onde recorrer em busca de respostas. "Como devo criar meus filhos de maneira diferente, então?"
Eu prometo que há um mapa. Um caminho que é curativo para você e sua família.
Você está pronto para transformar a maneira como vive e cria seus filhos? Isso é transformador. É possível. Há esperança.
Vamos juntos. Eu posso ajudar.
Flavia Nazareth - é mãe de uma adolescente, Certificada em Arteterapia Não-Clinica, Coach Certificada para Pais, Especialista em Coaching para Adolescentes e coach informada sobre trauma para adolescentes e adultos. Ela possui treinamentos e certificações em ansiedade e depressão juvenil, incluindo luto e perda infantil. Flavia é fundadora e proprietária do Little Blank Canvas Art Studio e do MAP - Práticas de Arte Consciente/Arte Consciente da Parentalidade.
Flavia nasceu no Rio de Janeiro, Brasil, e mora com seu marido, filha e seu adorável cachorro Sparky na Carolina do Norte, EUA. Quando não está no Estúdio de Arte ou trabalhando no MAP, ela está viajando, lendo ou passando tempo com sua filha Olivia.
Para saber mais sobre Flavia e seu trabalho no MAP, clique aqui ou envie um e-mail para ela em Mindfulartpractices@gmail.com e confira sua página de Coach para Pais.
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